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    Perspectiva do setor

    Comparação entre esterilização terminal e processamento asséptico de produtos farmacêuticos

    Data: Novembro de 2019

    O objetivo da esterilização é fornecer ao paciente um medicamento eficiente, que possa ser usado com o mais alto nível de segurança. A esterilização terminal e o processamento asséptico são duas abordagens para a obtenção de um produto farmacêutico estéril; no entanto, são dois métodos fundamentalmente diferentes. Para os profissionais das indústrias farmacêutica e de dispositivos médicos, esta edição de Perspectivas do setor compara a esterilização terminal com o processamento asséptico.

    Embora a esterilização terminal e o processamento asséptico sejam dois métodos diferentes para obter um medicamento estéril, os órgãos reguladores nos Estados Unidos (EUA) e na União Europeia (UE) concordam que a esterilização terminal é preferencial e deve ser considerada primeiro para minimizar o risco de contaminação e suas consequências.

    “Sempre que possível, é escolhido um processo no qual o produto é esterilizado na sua embalagem final (esterilização terminal).”
    - Farmacopeia Europeia

    Esterilização terminal

    A esterilização terminal é obtida pela exposição a um agente esterilizante físico (ex.: temperatura, radiação) ou químico (ex.: peróxido de hidrogênio vaporizado (VHP), ácido peracético vaporizado (VPA), óxido de etileno (OE) para uma extensão pré-determinada do tratamento. O produto é esterilizado na sua embalagem final (ou na forma final montada), o que reduz muito o risco subsequente à esterilidade. O processo é validado para fornecer um nível de garantia de esterilidade (SAL) inferior a 10-6, o que significa a probabilidade de menos de um produto não estéril em uma população de um milhão de habitantes. A esterilização terminal resulta em um SAL que pode ser calculado, validado e controlado e, assim, incorpora uma margem de segurança.

    Processamento asséptico

    O processamento asséptico é um processo que mantém a esterilidade de um material produzido a partir de vários componentes que foram previamente esterilizados. Isso é obtido utilizando condições e instalações adequadas projetadas para prevenir a contaminação microbiana. O processamento asséptico depende de vários fatores independentes para a prevenção da recontaminação dos componentes previamente esterilizados. Portanto, um SAL não é aplicável, pois uma contaminação acidental causada por uma técnica inadequada não pode ser eliminada de forma confiável. O processamento asséptico apresenta um risco maior de contaminação microbiana no produto do que a esterilização terminal. Qualquer manuseio manual ou mecânico de um medicamento, embalagem ou tampa esterilizada antes ou durante o envase e da montagem asséptica representa um risco de contaminação microbiana.

    Tomada de decisão

    A escolha do método de esterilização segue uma árvore de decisão claramente definida, que começa com a esterilização terminal. Existem várias tecnologias de esterilização terminal. A esterilização por calor é a tecnologia preferencial. No caso de produtos sensíveis à temperatura, a aplicação de uma tecnologia alternativa, a radiação ionizante (raios gama ou E-beam) é uma alternativa, seguida da esterilização a gás (por exemplo, ácido peracético (AP), dióxido de nitrogênio (NO2), OE). O processamento asséptico é a última possibilidade, como declarado em todas as principais normas (Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Food and Drug Administration [FDA] dos EUA).

    A justificativa para a esterilização ou processo asséptico escolhido deve incluir uma extensa avaliação de risco e benefício baseada na ciência, e deve ser demonstrado que foram realizadas iniciativas de desenvolvimento adequadas para possibilitar a esterilização terminal (ou seja, adaptar a formulação, a embalagem etc.).

    Resumo

    A esterilização terminal é preferencial à esterilização por processamento asséptico para produtos farmacêuticos porque resulta em um SAL que pode ser calculado, validado e controlado e, assim, incorpora uma margem de segurança. Para processos assépticos, um SAL não é aplicável, pois uma contaminação acidental causada por uma técnica inadequada não pode ser eliminada de forma confiável.

    O fabricante de medicamentos estéreis deve empregar todas as medidas possíveis durante o desenvolvimento do produto para utilizar uma tecnologia de esterilização terminal, pois ela oferece a mais alta garantia de esterilidade e, como resultado, o mais alto nível de segurança para o paciente.

    Referência

    - TIR (Relatório de Informações Técnicas) da AAMI (Association for the Advancement of Medical Instrumentation) 16:2013 Aspectos microbiológicos da esterilização por óxido de etileno

    - CPMP (Committee for Proprietary Medicinal Products)/QWP (Quality Working Party)/054/98 Árvore de decisão para a escolha de métodos de esterilização

    - CPMP/QWP/155/96 Nota para orientação de desenvolvimento de produtos farmacêuticos

    - CPMP/QWP/159/01 EMA (Agência Europeia de Medicamentos)/CVMP (Committee for Medicinal Products for Veterinary Use)/271/01 Rev.1 Nota para orientação de limitações do uso de óxido de etileno na fabricação de produtos médicos

    - EMA/CHMP (Committee for Medicinal Products for Human Use)/CVMP/QWP/128000/2014 Documento de conceito para diretriz de escolha do processo de esterilização

    - EMA/CHMP/CVMP/QWP/BWP/85074/2015 - Esboço de diretriz para a esterilização de produtos médicos, princípios ativos, excipientes e embalagens primárias

    - EMA/CHMP/ICH (International Council for Harmonisation of Technical Requirements for Pharmaceuticals for Human Use)/167068/2004 Diretriz para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos

    - EMA/CHMP/ICH/83812/2013” Avaliação e controle de impurezas reativas (mutagênicas) ao DNA em produtos farmacêuticos para limitar o possível risco carcinogênico

    - Eudralex Vol. 4 Anexo 1 Esboço de fabricação de medicamentos estéreis

    - Eudralex Vol. 4 Anexo 12 Uso de radiação ionizante na fabricação de produtos médicos

    - Diretriz para medicamentos estéreis industriais produzidos por processamento asséptico - cBPF

    - Diretriz para o envio de documentação para a validação do processo de esterilização pela indústria em aplicações de medicamentos para uso humano e veterinário

    - Diretriz para o envio de documentação pela indústria para a liberação paramétrica de medicamentos humanos e veterinários submetidos a esterilização terminal por processos de calor úmido

    - ICH M7 (R1) Avaliação e controle de impurezas reativas (mutagênicas) ao DNA em produtos farmacêuticos para limitar o possível risco carcinogênico

    - ICH Q11 Desenvolvimento e fabricação de medicamentos

    - ISO (Organização Internacional de Normalização) 11135:2014 Esterilização de produtos de saúde – Óxido de etileno – Requisitos de desenvolvimento, validação e controle de rotina para um processo de esterilização de dispositivos médicos

    - ISO 13408-2 Processamento asséptico de produtos de saúde – Filtração esterilizante

    - ISO TS 19930:2017 Diretriz dos aspectos de uma abordagem baseada em risco para garantir a esterilidade de um produto de saúde de uso único, submetido a esterilização terminal, incapaz de suportar o processamento para atingir um nível máximo de garantia de esterilidade de 10-6

    - PDA (Parenteral